Os miomas subserosos são tumores benignos que se desenvolvem no útero, especificamente na camada muscular externa chamada de serosa. Eles podem crescer para dentro ou para fora do útero, causando sintomas variados e requerendo diagnóstico e tratamento adequados.
Os sintomas dos miomas subserosos podem incluir dor pélvica, aumento do volume abdominal, sensação de pressão na região pélvica, aumento da frequência urinária e alterações no padrão menstrual. No entanto, nem todas as mulheres apresentam sintomas, e a presença de miomas subserosos geralmente é descoberta durante exames de rotina.
O diagnóstico dos miomas subserosos é feito através de exames de imagem, como ultrassonografia pélvica ou ressonância magnética. Esses exames permitem identificar a presença do tumor, sua localização, tamanho e características.
Existem diferentes opções de tratamento para os miomas subserosos, que podem variar de acordo com a idade da paciente, desejo de gravidez futura e gravidade dos sintomas. Em casos assintomáticos, o acompanhamento clínico pode ser uma opção, com exames periódicos para monitorar o crescimento do tumor.
Em casos em que os sintomas são significativos ou há comprometimento da fertilidade, o tratamento pode envolver a remoção cirúrgica do mioma. Isso pode ser feito através de cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia, ou por meio de cirurgia aberta, dependendo do tamanho e localização do tumor.
Outra opção de tratamento é a embolização dos miomas, um procedimento minimamente invasivo em que se bloqueiam os vasos sanguíneos que alimentam o tumor, levando à sua redução gradual. Essa técnica pode ser uma alternativa para mulheres que desejam preservar o útero e têm contra-indicações para cirurgia.
É importante ressaltar que o tratamento dos miomas subserosos deve ser individualizado, levando em consideração os sintomas da paciente, suas necessidades reprodutivas e a orientação médica. O acompanhamento regular com um ginecologista é fundamental para monitorar a evolução dos miomas e ajustar o tratamento, se necessário.
Referências:
1. American College of Obstetricians and Gynecologists. (2018). ACOG Practice Bulletin No. 186: Long-Acting Reversible Contraception: Implants and Intrauterine Devices. Obstetrics and Gynecology, 130(5), e251–e269. doi: 10.1097/AOG.0000000000002978
2. Stewart, E. A., Laughlin-Tommaso, S. K., & Catherino, W. H. (2017). Uterine fibroids. Nature Reviews Disease Primers, 3, 17039. doi: 10.1038/nrdp.2017.39
3. American Society for Reproductive Medicine. (2014). Uterine fibroids: A guide for patients. Retrieved from https://www.asrm.org/globalassets/asrm/asrm-content/news-and-publications/practice-guidelines/for-non-members/uterine_fibroids_a_guide_for_patients_2014.pdf
Dr. Rogério Tadeu Felizi
Médico ginecologista especialista em cirurgia ginecológica, especialista em tratamento de endometriose, especialista em tratamento de miomas uterinos
Kommentare